terça-feira, 23 de outubro de 2007

UMA BREVA "HISTÓRIA" DA ÓPERA - parte II




OS INOVADORES I

Muitos são os compositores que irão contribuir para do desenvolvimento da ópera e sua linguagem, estrutura e musicalidade.

Destacaremos aqui, nesta nossa breve “história” da ópera, três deles: Mozart, Wagner e Verdi.

Nesta semana, enfocaremos o compositor da “ópera das óperas”:

MOZART (1756-1791) compôs sua primeira ópera aos 12 anos de idade. Das suas mãos surgiram obras brilhantes do repertório operístico: As Bodas de Fígaro, Cosi Fan Tutte e A Flauta Mágica.

No entanto, discutiremos aqui aquela que é considerada por muitos como a mais perfeita ópera de todos os tempos – Don Giovanni (Com libreto de Lorenzo da Ponte)!

Podemos afirmar que Don Giovanni é um resumo do gênio criador de Mozart. Nela é contada a história de um conquistador (o famoso Don Juan) que, desafiado a um duelo pelo Comendador, mata seu adversário. Com esta morte, Don Giovanni será perseguido por Otávio que pretende vingar a morte do pai de sua noiva Anna.

Na fuga, Don Giovanni, chega à aldeia de Zerlina que se prepara para casar com Masetto e corteja a jovem que só não cai nas “garras” do conquistador porque é avisada por Elvira, ex-mulher e vítima de Don Giovanni, sobre a índole de seu algoz.

Após uma série de acontecimentos burlescos (troca de papéis, seduções, serenatas, brigas) Don Giovanni chega ao cemitério gargalhando das aventuras recentes e depara-se com o fantasma do Comendador que o conclama ao arrependimento de seus atos e, ao recusar, Don Giovanni morre entre chamas.

Com a morte de Don Giovanni, as personagens restantes Elvira, Zerlina, Anna, Masetto, Leporello e Ottavio cantam em coro uma “moral da história”:


“Fique então aquele patife
Com Perséfone e Plutão
A nós todos
Oh, boa gente
Repitamos alegremente
A antiqüíssima canção
Este é o fim
De quem faz mal (...)
A morte dos pérfidos
É sempre igual à vida”.



A ópera Don Giovanni de Mozart envolve tragédia, comédia, amor, sensualidade, infidelidade, morte, paixão, lei, glutonaria e a relação indivíduo-sociedade interligados, do começo ao fim, com a música.

A orquestra “participa” do inconsciente das personagens, os cantos estão entre os mais belos, a fusão entre a música e este drama gracioso beira a perfeição.

Abaixo alguns exemplos:

Um comentário:

Franciely da Costa disse...

Concordo com você, bela combinação ópera-música-drama.
Gostei de assistir e de saber mais sobre esse famoso compositor.

Até!