sábado, 23 de junho de 2007

Ah! Mês de Junho (confissões de um exilado)


(http://www.rosanevolpatto.trd.br/festajunina.htm)




Para mim, o mês de junho é o melhor mês do ano! E são tantos os motivos que só listarei alguns aqui...

É o começo do inverno... E adoro o frio!

Mas, não posso negar que os festejos juninos são, ao meu ser, o período festivo mais que perfeito!

Veja bem, no mês de junho, a Igreja Católica celebra a vida, o exemplo de santos memoráveis e, nós, nordestinos, aproveitamos o lado sagrado e forrozístico destes dias.

No entanto, além dos “santos festeiros”, o calendário litúrgico deste mês celebra no dia 11 São Barnabé que ao lado de São Paulo (e por indicação do Espírito Santo) levou a mensagem evangélica ao ocidente.

No dia 21, temos o patrono dos jovens que tem um nome emblemático para os festejos juninos – São Luiz Gonzaga!

O dia 22 é reservado para São Paulino de Nola que foi amigo de Santo Agostinho e motivou o então bispo de Hipona a escrever um livrinho precioso – O cuidado devido aos mortos.

E lá no dia 28, temos santo Irineu de Lião. Um dos maiores defensores do catolicismo nascente.

Não, eu não esqueci que no dia 13 de junho a igreja e os solteiros festejam um dos mais brilhantes pregadores da Igreja, aquele que pregou até mesmo para peixes – Santo Antônio!

Nem que no dia 24 festeja-se, surpreendentemente, o nascimento de São João Batista. Aquele santo que vivia no deserto e que ainda no ventre de sua mãe alegrou-se com a presença da mãe do Salvador.

E Pedro? A pedra sobre a qual foi edificada a instituição mais antiga do mundo. O santo que acreditou, seguiu, negou e morreu em amor ao Salvador.

O mês de junho, o frio, o amendoim cozido, o quentão, o milho, o forró, o forró, o forró e a saudade deste exilado do nordeste, exilado do sertão, exilado de Conquista, exilado de mim mesmo a mais de cinco “são joãos!”

Não poderia encerra este texto sem uma citação musical:


CANÇÃO DA SAUDADE
(Amelinha - Acyolly Neto)

Quando lembro de você
Sinto uma coisa
Que remexe lá por dentro
Como se fosse
Reviver cada momento
Das alegrias
Que marcaram nosso amor
Quando lembro de você
Dá uma vontade de chorar
Que eu não seguro
Sinceramente meu amor
É muito duro
Foi tão gostoso
Que é difícil de esquecer

Ai! Quando lembro de você
O peito aperta
A boca seca e o olho chora
Daria tudo pra lhe ver
De novo, agora
Pedir perdão
E nunca mais largar você
Pra que serve o espinho
Sem a flor
De que vale a vida sem amor
De que adianta eu
Sem ter você
Amor deixa disso
E vem me ver
Essa música pode ser escutada na Rádio Uol.

2 comentários:

Anônimo disse...

Mesmo sem tanta disposição assim para festas, o período de Junho continua especial para mim. Me parece que muda o mundo em minha volta, e o meu estado de espírito vai junto. Neste ano, para melhorar, a qualidade das músicas executadas em toda a cidade melhorou muito.

Bite.

Fabiana Amorim disse...

Junho me dá nostalgias doídas... Irmano-me com o seu texto, caro Elton, pois também me sinto exilada "do nordeste, do sertáo, de mim mesm(a)"! Grande abraço, saudades.

Bia.